A floresta terceirense voltou às cotas mais baixas e durante três dias, de 20 a 22 de março do corrente ano, foi-lhe dado a honra de criar raízes na principal praça de Angra do Heroísmo, bem à frente da sede do município.

Durante estes dias, a Praça Velha, o coração do centro histórico desta cidade património mundial da humanidade, alterou profundamente a sua fisionomia, as suas ambiências e a sua volumetria.

Como que, de repente, as árvores da floresta natural e exótica, materializaram-se, ganharam forma e tamanho e tinha-se ali uma floresta interativa que serviu de base às comemorações locais do Ano Internacional das Florestas, organizada conjuntamente pelo Serviço Florestal da Terceira e pelo Município Angrense.

O espaço estava organizado por recantos temáticos, qual peças do grande puzzle que é o ecossistema florestal, e que possibilitava que todos, pequenos e graúdos, de forma mais lúdica ou mais teórica, acompanhados por técnicos ou guardas florestais, pudessem aprender conceitos diferentes e descobrir sensações novas.

Para além da componente mais técnica, por entre folhas e lendas musicaram-se e contaram-se histórias, degustaram-se os belos sabores da floresta, descobriram-se artistas, potenciou-se o recreio florestal e, lá no fundo, semeou-se a ideia de que plantar cuidar e proteger todos temos de o fazer.

A cerimónia oficial destas comemorações aconteceu na manhã do dia 21, com a presença do Diretor do Serviço Florestal da Terceira e do Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, tendo ambos, nas suas alocuções, referido a importância dos serviços ecossistémicos da floresta e realçado o papel destas como suporte de uma atividade económica e na produção de bens essenciais.